23 de janeiro de 2025 - 8:06

'Figurões da Lava Jato' entram na defesa de Bolsonaro e general sobre golpe

Experientes, eles devem adotar estratégia de embates, mas sem entrar na retórica bolsonarista. A expectativa é que a delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e que foi crucial para a prisão de Braga Netto, seja questionada. Outros pontos da investigação devem ser enfrentados de forma técnica. O próprio Vilardi já deu entrevistas recentemente afirmando que a investigação contra Bolsonaro seria “enviesada”.

Busca por “reforço” na defesa teria partido de Flávio Bolsonaro. No caso do ex-presidente, segundo apurou o UOL, teria partido do filho mais velho de Bolsonaro, que também é advogado, a iniciativa de reforçar a equipe que defende o pai.

Vilardi foi procurado por um integrante da equipe de defesa do ex-presidente há cerca de 40 dias. Primeiro contato se deu no mês passado pelo advogado Daniel Tesser. Vilardi vinha conversando com Bolsonaro por telefone, até que bateram o martelo para ele entrar oficialmente no caso em uma reunião presencial na semana passada. Além de Tesser, está na equipe com Vilardi o advogado Paulo Amador da Cunha Bueno.

Caso difícil e ‘virada de chave’ após prisão de general. Clima no Supremo, que foi um dos principais alvos de ataques do bolsonarismo nos últimos anos e teve seus integrantes monitorados por militares envolvidos na trama golpista, é desfavorável ao ex-presidente. Além disso, a prisão inédita de um general de quatro estrelas mostrou que as chances de prisão de Bolsonaro são reais.

A PF já indiciou ex-presidente e outros 39 por tentativa de golpe, tentativa de abolição do Estado de Direito e organização criminosa. A corporação ainda deve encaminhar nos próximos dias um relatório complementar ao STF com informações levantadas a partir das prisões e buscas realizadas após a apresentação do relatório final da investigação. A partir daí, caberá à Procuradoria-Geral da República analisar o caso e decidir se apresenta ou não denúncia contra os envolvidos.

Da Castelo de Areia a Abdelmassih

Vilardi e Oliveira Lima já atuaram para petistas. O primeiro defendeu o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, enquanto o segundo atuou na defesa do ex-ministro José Dirceu (Casa Civil), ambos durante o julgamento do mensalão.

noticia por : UOL

LEIA MAIS