Assim como nesta quinta-feira (16), quando vários municípios catarinenses sofreram grande impacto dos temporais, o mesmo cenário deve ser observado nesta sexta (17) na faixa litorânea do estado, principalmente, na capital Florianópolis e em Balneário Camboriú. Este último decretou situação de emergência ainda de manhã.
É justamente para essa região que o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) emitiu um alerta vermelho de grande perigo para tempestades que dura até a manhã desta sexta, com possibilidade de precipitação de mais de 100 mm no dia.
Segundo o Inmet, nessa faixa há grande risco de grandes alagamentos e transbordamentos de rios, e deslizamentos de encostas.
O instituto também manteve o alerta laranja de acumulado de chuva para os litorais catarinense e paranaense, onde o risco de precipitação fica entre 30 e 60 mm por hora ou de 50 a 100 mm por dia.
De acordo com os dados da Epagri-Ciram, os acumulados de chuva até o fim da tarde desta quinta chegaram a 305 mm em Tijucas, 270 mm em Florianópolis, 138 mm em São José, 131 mm em Balneário Camboriú e 103 mm em São João Batista.
Até as 20h, o Corpo de Bombeiros de Santa Catarina registrava 234 ocorrências ligadas às chuvas em 23 cidades. No total, 437 pessoas foram atendidas. Há casos de resgate de vítimas ilhadas, incluindo animais, desobstrução de vias, e pequenos deslizamentos.
O Climatempo informa que essa área de instabilidade não deve se expandir para outras áreas do litoral da região Sul do Brasil, mas o litoral norte catarinense e o Vale do Itajaí devem ficar em alerta para um grande aumento das precipitações nas próximas horas. Há potencial para grandes alagamentos e enchentes.
“A causa dessa chuva muito volumosa é a combinação de uma circulação de ventos ciclônica e que está sendo observada em torno de 5 km de altitude sobre o Rio Grande do Sul e parte de Santa Catarina, com intensa circulação de ventos da direção nordeste no litoral catarinense, que tradicionalmente forçam um grande acúmulo de umidade na região. Além disso, ventos fortes em torno de 10 km de altitude também ajudam a formar e a manter estas áreas de instabilidade”, explica o Climatempo.
noticia por : UOL