Os irmãos Menéndez, conhecidos nos Estados Unidos pelo assassinato de seus pais em 1989, terão que esperar até 20 e 21 de março para a audiência em que seu pedido de libertação será examinado, anunciou a promotoria de Los Angeles na sexta-feira (17).

“O adiamento se deve ao impacto dos incêndios recentes nos preparativos das partes” envolvidas, explicou o promotor público Nathan Hochman em um comunicado.

Ainda devastando a cidade americana, os incêndios causaram pelo menos 27 mortes e desabrigaram dezenas de milhares de pessoas.

Erik e Lyle Menéndez, atualmente cumprindo penas perpétuas, deveriam comparecer perante um juiz nos dias 30 e 31 de janeiro.

O caso Menéndez foi retratado como uma tentativa desesperada de autodefesa, com alegações de que os meninos foram vítimas de abuso sexual e psicológico nas mãos de um pai excessivamente controlador e uma mãe negligente.

Seus advogados exigem sua libertação à luz de novos elementos, como uma carta na qual Erik menciona agressões sexuais de seu pai a uma prima antes do assassinato, assim como o depoimento de um ex-cantor que diz ter sido estuprado e drogado por José Menéndez na década de 1980.

Na época, os promotores acusaram os irmãos, então com 21 e 18 anos, de terem matado o pai e Mary Louise “Kitty”, ex-miss, a sangue frio para obter uma herança de 14 milhões de dólares.

Erik e Lyle, agora com 56 e 53 anos, passaram mais de trinta anos na prisão.

O caso gerou protestos online em defesa dos dois irmãos, apoiados por celebridades como Kim Kardashian.