1 de fevereiro de 2025 - 23:54

Para 'pacificarem? o Brasil, Alcolumbre e Motta não podem anistiar golpista

A aprovação de um projeto para perdoar e garantir os direitos políticos a todos os participantes de atos golpistas desde o segundo turno das eleições de 2022 é uma das principais pautas da extrema direita dentro e fora do Congresso Nacional. Para além dos executores dos ataques às sedes dos Três Poderes no 8 de janeiro de 2023, a proposta quer evitar a punição de Bolsonaro e seus sócios, de políticos a generais, que planejaram ficar do poder a despeito da vontade das urnas.

Questionado depois, em entrevista à GloboNews, Alcolumbre foi claro ao dizer que a pauta da anistia “não vai pacificar o Brasil” e “não é a prioridade do Brasil, nem do parlamento brasileiro”.

“Se nós continuarmos trazendo à tona assuntos que trazem a discórdia em vez da concórdia, a gente vai passar nos corredores do Senado Federal e ver senadores de diferentes partidos agredindo uns aos outros. E quando um senador agride um ao outro por uma única causa, ele não está interessado na agenda do brasileiro”, afirmou.

Mas também apontou que “nós não podemos nos furtar de debater qualquer assunto”, que “discutir o assunto não quer dizer que está apoiando o tema” e pediu compreensão dos atores políticos para não “contaminar o debate”.

O tema é uma das pautas mais importantes na avaliação da base bolsonarista, que exige vê-la discutida, votada e aprovada. Isso foi tema, inclusive, da discussão sobre o apoio que seria dado tanto a Alcolumbre quanto a Hugo Motta, que venceu a disputa pela Presidência da Câmara.

Motta, aliás, em seu discurso após eleito, citou 28 vezes a palavra “democracia”, repetiu Ulysses Guimarães ao afirmar “tenho ódio e nojo da ditadura” e fez referência ao filme “Ainda Estou Aqui“, que conta a história da luta de Eunice Paiva, viúva ex-deputado Rubens Paiva, morto pela ditadura militar.

noticia por : UOL

LEIA MAIS