12 de fevereiro de 2025 - 11:58

Em busca de ser útil, Samsung vai do celular que traduz ao vivo à lavadora que usa IA; veja videocast

Uma tela de TV que não fica preta quando desligada –mas sim exibe obras de arte. Uma lavadora de roupas que usa inteligência artificial para saber quanto de detergente e de água vai gastar em cada lavagem. Um aparelho de ar-condicionado que começa a funcionar antes de o morador chegar em casa. Um celular que faz a tradução simultânea de diversas línguas, na tela e no áudio. Um anel que monitora a qualidade do sono e os batimentos cardíacos.

Estas são algumas das funções úteis que uma tecnologia de ponta pode proporcionar, segundo os principais executivos de marketing da Samsung Brasil, entrevistados no videocast Arena do Marketing, da TV Folha, desta quinzena.

“A Samsung desenvolve tecnologia para melhorar a vida dos consumidores e tem a preocupação de torná-la acessível para cada vez mais pessoas”, diz Lúcia Bittar, diretora de marketing da área de dispositivos móveis. Na opinião de Thiago Cesar Silva, diretor de marketing da área de eletrônicos de consumo, não se trata de propor o novo pelo novo. “É uma tecnologia para ser útil, seja facilitando uma tarefa rotineira ou fazendo o consumidor ganhar tempo.”

No Brasil, a Samsung é líder do mercado de celulares, um dos cinco maiores do mundo, segundo a plataforma de dados Statista. Como já apontou a Folha, há uma concentração entre quatro grandes competidores: Samsung (38%), Motorola (23,6%), Xiaomi (19,2%) e Apple (10%), segundo informações da StatCounter. No mundo, a Apple (23,2%) está à frente da Samsung (15,6%), seguida pela Xiaomi (12,9%), conforme dados de vendas do quarto trimestre medidos pelo IDC (International Data Group).

É por meio dos celulares que a Samsung busca atrair os consumidores para os demais produtos da marca, que trabalha tanto com outros dispositivos móveis, como notebooks e tablets, quanto eletrônicos (TVs, soundbars, projetores) e uma linha completa de eletrodomésticos (lavadora, secadora, geladeira, forno, fogão, cooktop, coifa, lava-louça, aspirador, ar-condicionado).

“Talvez seja esse o nosso principal trabalho: apresentar todo o ecossistema da Samsung para quem já tem o celular”, diz Lúcia. Por meio de aplicativos baixados no smartphone, é possível cuidar desde o bem-estar, como monitorar os índices de estresse ao longo do dia com o smartwatch, até controlar o tempo de cozimento de uma comida no forno, afirma.

A geração Z (dos nascidos entre 1996 e 2010) é uma das mais entusiasmadas em montar uma casa usando a marca do celular. “A nova geração quer a casa inteligente, não está disposta a perder tempo com atividades cotidianas”, diz Silva. Mas boa parte dos eletrodomésticos Samsung não é para qualquer bolso: uma lava e seca com inteligência artificial, por exemplo, pode custar R$ 15 mil.

No Brasil, a empresa mantém dois complexos industriais: um em Campinas (SP) e outro em Manaus (AM), cada um deles com um centro próprio de pesquisa e desenvolvimento. “Em Campinas fica um dos principais laboratórios da Samsung no mundo voltado à tecnologia para saúde”, diz Lúcia.

Em janeiro, um dos recursos desenvolvidos pelo laboratório do interior paulista recebeu a aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para ser utilizado no Brasil: o recurso para identificar indícios de apneia do sono após o monitoramento por duas noites. Presente nos relógios inteligentes Galaxy Watch7 e Galaxy Watch Ultra, o recurso pode ser acessado pela atualização do aplicativo.

A história por trás de tanta tecnologia começou em 1938, quando o comerciante Byung Chull Lee deu início a um pequeno negócio para exportar peixe seco, frutos do mar, vegetais e frutas da Coreia para a China. O nome Samsung foi escolhido por significar “três estrelas”, o que, na visão do fundador, traria sorte para a empresa, ao fazê-la “brilhar eternamente como estrelas no céu, grandes e fortes.”

A divisão de eletrônicos só começaria em 1969. Hoje a Samsung é um conglomerado coreano que vai muito além dos chips, com atuação em áreas distintas, como construção civil, energia e fabricação de navios.

Na Coreia do Sul, a população se divide entre as suas duas grandes marcas de consumo: Samsung e LG, uma disputa que se estende para vários outros continentes e países. De acordo com a consultoria Brand Finance, que faz avaliação de marcas globais, a da Samsung avançou 11% este ano, para US$ 110,6 bilhões (R$ 639 bilhões), sendo uma das dez marcas mais valiosas do mundo.

Com a disseminação da cultura pop coreana, evidenciada no Brasil a partir do sucesso dos doramas, é possível que a marca deixe de estar como coadjuvante das produções para ocupar papel principal. “Brincamos na Samsung que, quando você quer descobrir o ano de um dorama, é só prestar atenção nos aparelhos dos protagonistas”, diz Lúcia. “Ainda não temos nenhum projeto para comentar, mas isso [a participação em doramas] está 100% no nosso radar”, afirma Silva.

noticia por : UOL

LEIA MAIS