A maior COP sobre biodiversidade organizada até hoje, que reuniu um número recorde de 23.000 participantes na Colômbia, tinha uma missão central: impulsionar a ainda tímida implementação do acordo de Kunming-Montreal.
Anunciado no final de 2022, o acordo estabelece um plano para proteger o planeta e seus seres vivos do desmatamento, da exploração excessiva dos recursos, das mudanças climáticas e da poluição. Entre os 23 objetivos até 2030, o destaque é a criação de áreas de preservação que incluam 30% das terras e do oceanos.
O acordo estabelece um objetivo global de 200 bilhões de dólares (1,13 trilhão de reais) em gastos anuais para a natureza, dos quais 30 bilhões devem proceder dos países desenvolvidos até 2030 (um aumento na comparação com os quase 15 bilhões desembolsados em 2022, segundo a OCDE).
Como mobilizar os recursos?
Desde o encontro em Cali, nem os países ricos – liderados pela União Europeia, Japão e Canadá, na ausência dos Estados Unidos, que não é signatário da CDB -, nem os países em desenvolvimento cederam em suas posições.
“No momento, não há mais razões para alcançar um acordo em Roma do que em Cali”, teme Arnaud Gilles, do WWF França.
noticia por : UOL