Frank Willians já tratou Marcola como líder do PCC. Ao contrário do que afirma no conteúdo desinformativo, Frank se referiu a Marcola em vídeos anteriores como um dos cabeças da facção. Em um deles, cuja legenda é “Tirei satisfação com chefe PCC”, ele simula uma conversa por telefone com Marcola na qual faz algumas cobranças (aqui e abaixo).
Não há indícios de que Frank Willians tenha sido membro da facção. Lincoln Gakiya, promotor do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo) especialista no PCC, questiona a ligação de Frank com a facção. “É um suposto integrante da cúpula que nunca foi da cúpula. É até bom de mídia. Ele nunca foi nada. Tenho até dúvidas se ele é irmão [integrante do PCC]. Para mim, ele é uma comédia, uma farsa” (aqui e abaixo). Alguns dos próprios seguidores do influenciador começaram a duvidar do que ele fala, segundo reportagem do Metrópoles (aqui).
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Marcola é considerado o líder do PCC. Marcos Willians Herbas Camacho é apontado pela polícia como um dos cabeças da facção criminosa. Condenado por crimes como homicídios, roubo a bancos, tráfico de drogas e formação de quadrilha, ele foi preso em julho de 1999 e cumpre penas que, somadas, chegam a mais de 300 anos (aqui). A Justiça de São Paulo acolheu o pedido de renovação da permanência dele por mais um ano em uma penitenciária federal. Hoje, ele cumpre pena em Brasília (aqui).
Abin tentou ligar Moraes ao PCC na gestão de Bolsonaro. Em 2023, a Polícia Federal encontrou um relatório na Abin (Agência Brasileira de Inteligência) detalhando uma ação de inteligência com o objetivo de encontrar vínculos entre Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, ministros do STF, com o PCC. O documento estava em uma pasta com outras missões encomendadas por Alexandre Ramagem, que foi diretor da agência entre 2019 e 2022, durante o governo de Jair Bolsonaro (aqui e aqui).
noticia por : UOL