Entidades reforçaram o papel da Universidade na educação de seus alunos e afirma que a instituição “não deve se eximir de sua responsabilidade” e deve investir em campanhas de conscientização para combater a cultura do estupro na sociedade. “É fundamental que todas as universidades, aqui em específico a Universidade Santa Marcelina, tome medidas imediatas e rigorosas contra todo e qualquer ato de apologia a crime, incluindo, mas não se limitando, a uma intensa investigação sobre todos os envolvidos nos acontecimentos, aplicação de sanções em conformidade com o regulamento interno da instituição e em conformidade com a legislação brasileira vigente, incessantes campanhas de conscientização que reforcem os valores de respeito à integridade física, psicológica e moral de todos os indivíduos e oferta de suporte às vítimas de quaisquer formas de violência, assédio ou importunação sexual, procurando sempre zelar por um ambiente seguro e acolhedor”.
Na carta, os grupos pedem a exclusão dos alunos que participaram do ato do quadro da Santa Marcelina. “É inadmissível a permanência de pessoas que fazem apologia ao estupro dentro de um sistema de ensino e rechaçamos profundamente a postura conivente da universidade que permitiu que seu ambiente institucional tenha se tornado palco para tais manifestações criminosas”.
Requeremos que a administração e todos os responsáveis tomem todas as medidas necessárias e cabíveis para sancionarem de maneira severa, com toda a responsabilização necessária, os envolvidos nos recentes acontecimentos a fim de coibir situações similares. É dever de toda e qualquer instituição de ensino preservar e preparar seus estudantes e futuros profissionais com a máxima observância, obediência e compromisso com os direitos humanos e sociais constitucionalmente garantidos em nosso país.
Assinam a carta o Instituto Lamparina, o Instituto AzMina, o Nem Presa Nem Morta, o Instituto Patrícia Galvão, o CEPIA- Cidadania, Estudo, Pesquisa, Informação e Ação Criar Brasil, Associação Gênero e Número, a Anis – Instituto de Bioética e o Grupo Curumim.
Entenda o caso
Membros da Atlética da Santa Marcelina posaram para uma foto segurando uma faixa com a frase: “entra porra escorre sangue”. O caso aconteceu antes de uma partida de handebol.
A foto, que circulou em grupos internos da faculdade, gerou indignação entre estudantes e corpo diretivo. Ela também contava com a presença de uma mulher, que supostamente faz parte da Atlética.
noticia por : UOL