23 de março de 2025 - 15:12

Colombinas e colombianos

A modelo Celina Locks, inconformada com as portas fechadas ao marido Ronaldo Fenômeno na CBF, que ele frequentou alegremente nos tempos de Ricardo Teixeira, hoje banido do futebol e sem poder viajar porque a Interpol o prenderá, soltou seus poodles.

Escreveu, com razão, que o ambiente na CBF é PODRE e acrescentou que sente nojo do Brasil, no que exagerou.

Talvez se sinta melhor em Miami, direito inalienável e que parece ter virado moda em alguns setores da sociedade brasileira, preocupados com a isenção de imposto para quem ganha até R$ 5.000 ou com medo de perder passaporte.

Celina se esqueceu de que Ronaldo até do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014 participou com as bênçãos de Teixeira, eleito em 1989 e obrigado a renunciar em 2012, após cinco mandatos espúrios na CBF, quatro deles com chapa única. Aliás, a última vez em que houve duas chapas na eleição para a presidência da entidade aconteceu exatamente em 1989. Ronaldo jamais se indignou com os 23 anos de reinado do amigo e incentivador, ao lado de Aécio Neves, de sua natimorta candidatura.

“Copas do Mundo não se fazem com hospitais”, sentenciou um dia o frustrado candidato que foi sem nunca ter sido tal qual a viúva Porcina, protagonizada por Regina Duarte na novela “Roque Santeiro”, de Dias Gomes.

Celina e a atriz que fez Porcina rasgaram as fantasias de chorosas colombinas, com nojo deste pobre país que os milionários fazem questão de manter injusto em vez de torná-lo mais saudável.

Ronaldo está no panteão dos melhores jogadores de todos os tempos e é o bastante. Como presidente da CBF seria tão desastroso como Ednaldo Rodrigues, o novo imperador.

E aí que entram os colombianos, derrotados nos acréscimos pela seleção brasileira por 2 a 1 em Brasília.

Precisou de Vinicius Junior, já que não temos Ronaldo, em meio à nova onda racista que infesta o futebol sul-americano, sofrer um pênalti e marcar o gol salvador, por enquanto, do pescoço que sustenta a burocrática cabeça de Dorival Júnior.

Que medo de ousar! Por que Wesley no banco? Por que João Pedro em vez de Endrick? Por que o seguro médio em vez da coragem pela excelência?

A seleção segue como amontoado de bons jogadores incapazes de se comunicar minimamente para fazer o jogo coletivo exigido pelo esporte que praticam. Neymar em campo apenas agravaria o problema.

Desperdício absurdo, diante de 70 mil torcedores ávidos pela vitória e por bom futebol, aliviados pelo gol no apagar das luzes, felizes com a última impressão, decepcionados ao ver os colombianos tratar a bola melhor que os de amarelo.

A mediocridade que nos assola é de tal ordem que o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, comete as frases que comete, elefante em loja de louças ao se lembrar da Chita e esquecer do asno que vê no espelho.

Não bastasse, eis que o Flamengo se cala e deixa de assinar nota de repúdio contra a cumplicidade da Conmebol, assim como não repreende seus torcedores que chamaram de chorão o menino do Palmeiras, Luighi, corajosamente indignado com as ofensas recebidas por torcedores do Cerro Porteño.

Já os chorosos Bolsonaros, pai e filhos, ainda comovem os basbaques que veem dit adura onde se permite seus desatinos incivilizados. Que mundo!


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noticia por : UOL

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