
Médicos
Marcelo Camargo/Agência Brasil
O Ministério da Educação prepara mudanças nas avaliações dos cursos das áreas de saúde nas universidades. A ideia, a partir do ano que vem, é tornar mais rigorosa a análise da formação prática dos alunos.
Atualmente, as avaliações feitas pelo Inep, ligado ao Ministério da Educação, são praticamente as mesmas para todos os cursos, como direito, por exemplo. Agora, o MEC prepara um novo modelo para fiscalizar cursos da área de saúde no país.
No caso de futuros médicos, será examinado o que estão aprendendo nos atendimentos em postos de saúde, ambulatórios, maternidades e hospitais, e como é feita a supervisão de professores. A base das novas diretrizes deve ser colocada em consulta pública até o fim deste semestre.
“Para o Conselho Federal de Medicina, qualquer iniciativa que vise a qualificação dos cursos, mas com consequências aqueles cursos que não se adaptam, são bem-vindas. Porque o que acontece hoje? Os cursos são repreendidos, não se adaptam e continua tudo como está”, disse Alcindo Cerci Neto, Coordenador da Comissão de Ensino Médico do CFM.
Há um mês, a Vitória direcionou a carreira para se aprofundar em clínica geral. Serão dois anos ganhando uma bolsa de cerca de R$ 4 mil, valor correspondente a um terço do que ela poderia receber se fosse trabalhar em um hospital sem fazer residência médica.
“Tenho colegas que resolvem ir direto para fazer um pé de meia e só depois vão se especializar”, disse.
A residência médica é um curso de pós-graduação para que o recém-formado se qualifique em uma área da profissão. Em todo o país, são cerca de 70 mil vagas. Mas 20 mil delas não são preenchidas. O resultado disso é muito médico trabalhando sem especialização.
A Academia Nacional de Medicina estima que 40% dos profissionais não tenham residência.
noticia por : UOL