Secom-Cuiabá
A taxa de coleta de lixo foi regulamentada em Cuiabá em agosto do ano passado
APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
Apesar da aprovação, em regime de urgência, do projeto de lei que revoga a taxa de lixo em Cuiabá, a medida só passará a ter valor legal em junho, quando for encerrado o decreto de calamidade financeira que vigora no município.
Outro requisito é o cumprimento das exigências indicadas na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que exige a estimativa do impacto orçamentário-financeiro da medida e a apresentação de medidas de compensação, como o aumento de receitas, dentre outras medidas.
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Conforme o entendimento da Comissão de Fiscalização e Acompanhamento da Execução Orçamentária (CFAEO) e a Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da Câmara, não há renúncia imediata de receita, desde que sejam cumpridos os requisitos da LFR.
Em seus pareceres, as duas comissões destacam que a revogação apenas vai produzir efeitos após a definição das reais possibilidades financeiras e orçamentárias da Prefeitura.
O projeto aprovado pelos vereadores estabelece que o manejo de resíduos sólidos urbanos seja financiado por outras fontes como:
– receitas de contratos de coleta de lixo de grandes geradores (como estabelecimentos comerciais e condomínios, por exemplo);
– ações de redução de despesas com os serviços de manejo de resíduos;
– subvenções e transferências financeiras do Estado e da União;
– Parcerias Público-Privadas (PPPs) e até de receitas da comercialização de materiais recicláveis e outros subprodutos.
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Entenda
Com 25 votos, o Legislativo municipal aprovou o Projeto de Lei Complementar que revoga a taxa do lixo em Cuiabá no último dia 3 de abril.
Acabar com essa taxa foi um dos motes da campanha de Abilio em 2024. A taxa de coleta de lixo foi regulamentada em Cuiabá em agosto do ano passado e definiu a cobrança na fatura da água e esgoto.
Com a revogação da taxa do lixo, a Prefeitura deixará de receber cerca de R$ 26 milhões ao ano. Contudo, o projeto indica que os serviços de manejo de resíduos sólidos urbanos serão financiados por meio das outras fontes.
O prefeito Abilio Brunini (PL) descartou a criação de um novo tributo para financiar a coleta de lixo em Cuiabá.
FONTE : ReporterMT