“Vários mísseis” caíram sobre um edifício de quatro andares e as áreas vizinhas onde numerosos deslocados viviam em barracas, disse Ayub Salim, morador do bairro de 26 anos.
“Estilhaços voaram em todas as direções”, contou. “Não podíamos ver nada, só os gritos e o pânico das pessoas.”
O porta-voz da Defesa Civil, Mahmoud Bassal, assegurou que o ataque deixou 23 mortos, “entre eles oito crianças e oito mulheres”, e mais de 60 feridos.
A pedido da AFP, o Exército israelense explicou que havia “atingido um terrorista do Hamas de alto escalão”, cuja identidade não foi especificada, e afirmou que havia “tomado inúmeras medidas para limitar os danos aos civis”.
O Hamas, no entanto, condenou o ataque como “um dos atos mais atrozes” da ofensiva israelense, que “cometeu um massacre ao bombardear uma área densamente habitada, povoada por civis e deslocados”.
A Autoridade Palestina, que governa com competências limitadas a Cisjordânia ocupada, considerou que o ataque se insere “em uma tentativa oficial de Israel de matar sistematicamente” o povo de Gaza “para forçá-lo a emigrar”.
noticia por : UOL