Uma das ordens assinadas direciona o governo federal a reforçar a fiscalização das doações estrangeiras às universidades – especialmente as de grandes quantias, que precisam ser declaradas por lei. Outra medida mira o sistema de credenciamento universitário, descrito por Trump como sua “arma secreta” para desestabilizar o que ele chama de “domínio liberal” nas universidades americanas.
“O problema está nas agências de credenciamento que aplicam critérios ideológicos, e não baseados em mérito”, afirmou Will Scharf, secretário da Casa Branca, durante a cerimônia de assinatura no Salão Oval. Já a secretária de Educação, Linda McMahon, defendeu: “Devemos priorizar quem tem mérito real para ingressar nas universidades e fiscalizar com mais rigor quem não segue esse princípio”.
Educação na mira
O credenciamento universitário é essencial nos Estados Unidos: sem ele, as instituições perdem acesso a cerca de US$120 bilhões – aproximadamente R$ 640 bilhões – anuais em ajuda federal para estudantes. Para Trump, as agências responsáveis têm favorecido políticas que promovem diversidade, equidade e inclusão, alvos frequentes de seus ataques desde o início de sua carreira política.
A medida faz parte de um pacote de sete ordens executivas ligadas à educação, e ocorre no contexto de uma ofensiva mais ampla contra universidades de elite, como Harvard, que tem reagido com veemência às pressões do governo. A instituição está envolvida em uma disputa bilionária com o governo Trump para manter sua autonomia acadêmica.
As medidas assinadas por Trump nesta semana indicam um claro reposicionamento ideológico na política educacional dos EUA, com foco em reduzir o peso das políticas de diversidade e ampliar o controle federal sobre critérios de qualidade e acesso ao ensino superior.
noticia por : UOL