Os três adolescentes estudam no colégio Equipe, que fica próximo ao shopping. Eles haviam participado de uma aula extra sobre letramento racial e condutas antirracistas horas antes na escola.
Segurança insistiu na abordagem e disse que estudantes negros estariam pedindo dinheiro. “Ela abordou a menina branca dizendo que a minha filha e o colega dela poderiam ser retirados, porque estariam pedindo dinheiro ali. Mesmo ela dizendo que eram colegas, a segurança insistiu, dando início a uma confusão. Eles [adolescentes negros] choraram muito”, disse a analista de sistemas Leni Pires das Merces, 49, mãe da adolescente negra.
Shopping disse que comportamento da segurança “não reflete os valores do shopping”. “O tema está sendo tratado com máxima seriedade”, disse o estabelecimento em nota após o caso.
Na última quarta-feira (23), cerca de 500 pessoas protestaram no empreendimento. Segurando faixas com frases antirracistas, o grupo entoou coros, pedindo o fim do racismo. “Exigimos mais do que um pedido de desculpa protocolar. Exigimos uma mudança concreta e urgente por parte da administração do shopping, com ações efetivas contra o racismo institucional (…). Para crianças e adolescentes negros, a vida os obriga a manter uma vigilância constante”, disse um dos manifestantes.

noticia por : UOL