Nós temos que levar em conta que hoje existe um colégio cardinalista muito diversificado, até pela própria expansão que o papa Francisco realizou, seja colocando cardeais na Ásia e na África ou aumentando esse número de cardeais votantes [o Haiti não votava e o Brasil aumentou o número de votantes, por exemplo]. Então, essa diversificação, aqui, talvez, dificulte o consenso. Padre Rafael Fernandes, coordenador do curso de Teologia na PUC-RS
A primeira rodada de votação do conclave, que elegerá o sucessor do papa Francisco, terminou sem consenso na tarde de hoje. Os 133 cardeais votantes se reuniram na Capela Sistina pela primeira vez, e por cerca de 3h20. Para ser eleito, o novo papa precisa ter dois terços dos votos, o que normalmente se exige várias votações.
Uma fumaça preta foi vista saindo pela chaminé da capela, no Vaticano, por volta das 16h (horário de Brasília). Ela indica que os cardeais ainda não escolheram o novo Santo Padre. O processo será retomado amanhã.
Ao Canal UOL, o professor também elencou os próximos desafios que o novo papa terá pela frente.
O primeiro ponto de cuidado: a unidade da Igreja e dos cristãos. Sabemos que vivemos hoje num período de muitas polarizações e, talvez, um papa que fosse levantar mais problemas de divisão… Mas também se pensa num papa que consiga agregar tanto aqueles que pensam de uma maneira mais conservadora como também progressista. Então, o primeiro ponto que eu levanto é o da unidade dos cristãos em torno ao evangelho, o livro base do cristianismo.
Vaticanista: Igreja quer papa mais pastor e diplomata e menos burocrata
Conversas promovidas por religiosos em congregações gerais, antes do conclave, indicam que a Igreja Católica quer um novo papa mais pastor e menos burocrata, avaliou o vaticanista Filipe Domingues durante participação no UOL News, do Canal UOL.
noticia por : UOL