Em tese, a motivação da visita é meritória: Lula foi para participar da celebração do Dia da Vitória, que marca o triunfo dos aliados sobre a Alemanha nazista. Mas ela se dá em um contexto no qual Vladimir Putin está exibindo o seu imperialismo que resultou na invasão da Ucrânia.
Lula encostou a democracia brasileira nessa exibição imperial do Putin, no instante em que o presidente russo está discutindo uma hipótese de uma trégua em uma guerra que ele impôs, desde que a Ucrânia concorde em ceder o território que ocupou. É nesse contexto que o Lula participa dessa celebração. Josias de Souza, colunista do UOL
Para Josias, Lula se aproximou da posição de Donald Trump em relação ao conflito na Ucrânia por conta de sua viagem a Moscou.
Lula está lá com a fina flor da autocracia e das ditaduras mundiais. Ele é o único representante de uma democracia. Não faz nexo estar lá nesse momento. Diz-se que Lula discutirá a balança comercial e que ele quer se credenciar como negociador relevante nesse tabuleiro em que se discute a paz na Ucrânia. Nada disso faz sentido. O próprio Volodimir Zelenski [presidente da Ucrânia] já disse estranhar muito essa presença do Lula em Moscou.
Fica claro que Lula tem um lado nessa briga, muito semelhante ao de Trump, que quer explorar metais preciosos no subsolo da Ucrânia e acha que Zelenski tem que ceder território para promover a pacificação de um conflito no qual seu país foi invadido.
Não faz o menor sentido a presença do Lula neste momento em Moscou. Josias de Souza, colunista do UOL
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