O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, vem sendo pressionado pelo americano a concordar em negociar com Moscou desde sua posse em fevereiro. Zelensky havia dito na quinta-feira (8), após uma ligação com Trump, que seu país estava “pronto” para conduzir “todos os formatos de negociações” com Moscou, mas que a Rússia teria primeiro que estabelecer um cessar-fogo.
Na manhã de domingo, o chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, descreveu a proposta russa como “um primeiro passo (…) insuficiente”, observando o “desejo de Vladimir Putin de ganhar tempo”. “Além disso, acho que isso é inaceitável para os ucranianos, porque eles não podem aceitar discussões paralelas enquanto continuam a ser bombardeados”, insistiu o presidente francês, falando ao descer do trem na cidade polonesa de Przemysl, no retorno de sua viagem à Ucrânia, onde foi acompanhado pelos líderes da Alemanha, Friedrich Merz, Grã-Bretanha, Keir Starmer e Polônia, Donald Tusk.
Ajuda militar a Kiev
Durante essa visita, segundo o presidente francês, cerca de 20 países membros de uma “coalizão dos dispostos”, que trocaram opiniões por videoconferência em Kiev com os líderes em torno de Zelensky, “decidiram apoiar um cessar-fogo” por 30 dias, “monitorado principalmente pelos Estados Unidos da América” e para o qual “todos os europeus contribuirão”.
Se a Rússia recusar esse cessar-fogo ou aceitá-lo, mas violá-lo, foi acordado que “sanções maciças seriam preparadas e coordenadas entre europeus e americanos”, acrescentou. Volodymyr Zelensky e os quatro europeus telefonaram para Donald Trump para informá-lo sobre os resultados de suas conversas.
Friedrich Merz falou sobre a continuação da “ajuda maciça” a Kiev na ausência de uma reação do Kremlin e disse que a guerra russa na Ucrânia “visa destruir toda a ordem política europeia”.
noticia por : UOL