VANESSA MORENO
DO REPORTÉR MT
Acusada de tentar matar a facadas uma jovem em um supermercado de Várzea Grande, a ex-secretária da Escola Municipal Antônio Salústio, Evelyn Poliana de Oliveira, 24 anos, alegou que era perseguida e foi estuprada por Cleiton Graminha, marido da vítima Maria Eduarda, 24. Ele nega, afirma que os dois tinham uma relação amigável e que Evelyn o procurava com frequência, inclusive pedindo dinheiro e café da manhã.
Em entrevista ao Programa do Pop, da TV Cidade Verde, Evelyn e Cleiton contaram suas versões sobre o caso.
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Versão de Evelyn
Evelyn alega que sofria perseguição e que foi estuprada por Cleiton. Ela disse também que, dias antes do crime, Maria Eduarda, que sabia que Cleiton a assediava, foi até à escola onde trabalha com um simulacro e a ameaçou.
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“A Maria Eduarda desde outubro do ano passado ela sempre soube, porque nós tivemos contato, tivemos três contatos por mensagens. Eu sempre mandei pra ela os prints, porque a minha intenção era que ela conseguisse resolver essa situação de uma maneira amigável e que ela me compreendesse o que eu estava passando”, disse Evelyn na entrevista.
“Esse homem de início ele teve um relacionamento com a minha meia-irmã, foi onde ele chegou até a mim. Começou através de cunhada, me convidava pra sair pra ir para os bares e eu sempre deixava claro que eu era uma mulher casada, que ele teve um relacionamento com a minha meia-irmã e que nós dois não teríamos nada”, completou.
Munida de prints de conversas e vídeos, Evelyn contou que era perseguida por Cleiton e que, quando Maria Eduarda soube da traição, começou a atacá-la. A ex-secretária disse que chegou a bloquear números de telefone do Cleiton para evitar contato e até pediu uma medida protetiva contra ele após o episódio de estupro em que ele a ameaçou com uma arma de fogo.
“Essas fotos são ele me perseguindo, ele na porta da minha casa falando que se eu não saísse ele ia entrar, ele ia matar”, disse Evelyn.
Sobre o estupro ela contou: “foi um dia que ele me perseguiu até o futebol do meu filho, ele me ligou mais de três vezes e eu ficava com medo”.
“Nesse dia que ocorreu o fato ele chegou armado e me pediu pra entrar dentro do carro dele que queria conversar comigo e eu disse pra ele que eu não tinha nada pra conversar com ele e ele insistiu armado e eu entrei no carro dele. Não tinha conversa, ele simplesmente começou a me beijar, a me tocar”, completou.
Já sobre as facadas em Maria Eduarda, Evelyn disse que a viu no mercado onde costuma ir e que a faca estava no carro de seu marido, o policial militar Ivan Guimarães da Silva, pois eles têm um filho e o pai da criança usa a faca para descascar frutas para o menino.
Versão de Cleiton
Cleiton Graminha, por sua vez, rebateu as acusações e disse mantinha uma relação amigável com Evelyn, tanto que mandava Pix e café da manhã para ela.
Ao Programa do Pop, Cleiton contou que Evelyn é quem o procurava. Ele enviou um vídeo à produção do programa, que mostra Evelyn e Ivan na porta da casa dele, com as mesmas roupas e a mesma caminhonete, horas antes do ataque no supermercado.
Nas imagens, Evelyn desce do carro e tenta abrir o portão. Pouco depois ela volta para o carro e vai embora.
“Antes da briga ela pediu um Pix pra mim. Tenho a foto e outros Pix que mandei pra ela. Ela também vivia me pedindo pra mandar café da manhã na escola”, contou Cleiton.
Ele disse também que conheceu Evelyn através da irmã dela e que o filho dele estuda na escola onde ela trabalhava. Segundo ele, a ex-secretária chegou a desabafar com Cleiton dizendo que estava se separando do marido e que Ivan estava atrás dele, sugerindo até que Cleiton fosse embora da cidade.
“Ela me falou que estava se separando do marido. Ela me enviou uma foto do marido na minha casa. Se tivesse algo de estupro, acho que ela não faria isso, me avisando que o marido estava atrás de mim”, ressaltou.
Sobre a acusação de estupro, Cleiton contou que houve uma relação consensual entre os dois.
O caso
A tentativa de homicídio aconteceu na manhã do dia 30 de abril, em um supermercado em Várzea Grande. Evelyn Poliana estava em posse de uma faca e deu diversos golpes em Maria Eduarda. O crime foi registrado por uma câmera do local.
Após golpear a vítima, Evelyn fugiu na companhia do ex-marido, o policial militar Ivan Guimarães da Silva. Dias após o crime, os dois se apresentaram na Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Cuiabá, para prestar depoimento.
Após o crime, a Prefeitura de Várzea Grande exonerou Evelyn do cargo que ocupada. Já Ivan foi afastado da Polícia Militar, que instaurou um procedimento administrativo por meio da Corregedoria-Geral para apurar a conduta dele.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
Confira a versão de Evelyn Poliana:
Confira a versão de Cleiton Graminha:
FONTE : ReporterMT
