O major Alexandro Marcolino Gomes, da Polícia Militar do Paraná, foi preso preventivamente na manhã desta quinta-feira (22), em Maringá, sob suspeita de cobrar e receber propina.
Um outro policial militar investigado por participação no esquema também foi detido.
Segundo denúncia do Ministério Público do Paraná, o oficial, que atua como comandante da 3ª CIPM (Companhia Independente de Polícia Militar) de Loanda, também é suspeito de intimidar e subjugar subordinados, mudando rumos de procedimentos disciplinares, inquéritos policiais militares e transferências de unidades.
Em nota, a defesa do major disse que ainda não teve acesso ao processo e que “só se manifestará sobre as acusações assim que tiver conhecimento do conteúdo delas. Qualquer manifestação sem conhecimento do conteúdo da acusação é temerária e irresponsável.”
A Polícia Militar não se manifestou.
A operação foi nomeada Zero UM, em referência à forma como Gomes seria tratado pelos envolvidos no suposto esquema. A ação foi realizada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Maringá e Umuarama.
Além do mandado de prisão preventiva, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão, sete mandados de busca pessoal, um de monitoração eletrônica e três de afastamento de funções públicas, nos municípios de Loanda, Santa Isabel do Ivaí, Planaltina do Paraná, Maringá e Sarandi.
Os crimes investigados são concussão, corrupção ativa e corrupção passiva com possível envolvimento de agentes da segurança pública.
Conforme o Gaeco, o esquema passou a ser investigado em setembro de 2024, após serem recebidas denúncias sobre supostos crimes militares envolvendo um oficial superior da polícia militar e soldados.
noticia por : UOL