O telescópio James Webb ofereceu a imagem mais profunda até hoje sobre um único alvo. Ela revela galáxias em formação em um passado distante, informaram nesta terça-feira (27) o Centro Nacional de Pesquisa Científica da França (CNRS, na sigla em francês) e a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês).
“Graças ao efeito de lente gravitacional, essas observações revelam as primeiras galáxias e estrelas que se formaram durante os primeiros bilhões de anos da história do Universo”, declarou o órgão de pesquisa francês em comunicado.
A nova imagem exigiu mais de 120 horas de observação, o período mais longo durante o qual o James Webb se concentrou em um único alvo.
Também é a imagem “mais profunda obtida do James Webb sobre um único alvo”, de acordo com a ESA.
No centro brilhante da imagem se encontra Abell S1063, um enorme cúmulo de galáxias situado a 4,5 bilhões de anos-luz da Terra —um ano-luz é a distância que a luz percorre em um ano, 9,5 trilhões de quilômetros.
Esses gigantescos objetos celestes podem fazer a luz dos objetos que se encontram atrás deles curvar, criando uma espécie de lupa cósmica conhecida como “lente gravitacional”.
São os “arcos deformados” que giram ao redor de Abell S1063 que interessam aos cientistas, afirmou a ESA em seu comunicado.
Dado que observar partes distantes do Universo também significa retroceder no tempo, pesquisadores esperam compreender como se formaram as primeiras galáxias, durante um período conhecido como o amanhecer cósmico, quando o Universo só tinha alguns poucos milhões de anos.
noticia por : UOL