DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTERMT
A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) informou, na manhã desta sexta-feira (30), que os cortes e lesões encontrados no corpo de Gabrieli Daniel de Sousa, de 31 anos, foram causados durante os exames de necropsia. Ela foi morta a tiros pelo próprio marido, o policial Ricker militar Maximiano de Moraes, na casa onde moravam, em Cuiabá, na noite de domingo (25).
A vítima foi assassinada durante um suposto desentendimento com o companheiro, na residência onde moravam no bairro Praeiro. Os filhos do casal, de 3 e 5 anos, presenciaram o crime.
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Nessa quinta-feira (29), começaram a circular áudios da mãe de Gabrieli, nos quais ela afirma que a filha foi torturada pelo PM antes de ser morta. Segundo ela, o corpo da vítima apresentava cortes nas costas, braços e lesões na cabeça.
“Minha filha estava com a cabeça toda quebrada, os braços, toda cortada. […] A minha filha chegou deformada. Ele ainda cortou o cabelo da minha filha, ela tinha um cabelo lindo”, afirmou Noemi Daniel.
Por meio de nota, a Politec explicou que os cortes foram necessários para análises e retirada de possíveis projéteis da arma de fogo usada para tirar a vida da vítima.
“A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) esclarece que as incisões e suturas encontradas no corpo de Gabrielli são resultantes da realização de técnicas de abertura do corpo para a realização do exame de necropsia”, diz trecho de comunicado.
“Estes procedimentos são aplicados a todos os corpos submetidos ao exame. As incisões cirúrgicas no braço e nas costas, e atrás da orelha, são necessárias para a localização os projéteis alojados na vítima, identificação da trajetória do tiro, e que deixam lesões no corpo após término”, emendou.
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Além disso, o órgão descartou a existência lesões decorrentes de agressão. A informação é que os tiros atingiram a região do pescoço de Gabrieli que morreu dentro da casa, sem chances de ser socorrida. Contudo, como o laudo ainda não foi divulgado, não é possível afirmar a quantidade de tiros que a atingiram, nem o ângulo ou a distância entre a arma e o corpo da vítima.
“O exame de necropsia não apontou lesões corporais decorrentes de agressões, exceto as lesões por arma de fogo que causaram a morte da vítima”, finaliza comunicado.
FONTE : ReporterMT
