3 de junho de 2025 - 20:19

Após 51 depoimentos, STF ouve última testemunha de cúpula da trama golpista

O próprio Bolsonaro também acompanhou as audiências. Sessões vêm sendo realizadas por videoconferência e ex-presidente entrou em todas para ouvir os relatos. Ele tem direito a acompanhar tudo pelo fato de ser réu.

Nesse período, as defesas dos réus não conseguiram derrubar as principais teses da denúncia e desistiram dos depoimentos de 28 pessoas. A expectativa é de que a audiência de hoje seja a última dedicada a ouvir testemunhas do núcleo central da trama golpista.

Concluídos os depoimentos das testemunhas, ação penal deve avançar para a próxima fase. Moraes deve determinar os interrogatórios dos próprios réus, incluindo Bolsonaro. Nesta oportunidade, eles irão depor diante da PGR, das defesas de todos os denunciados e do próprio Moraes, que poderá fazer questionamentos a eles. Ainda não há data para os interrogatórios começarem.

A previsão inicial era que 82 testemunhas de acusação e defesa fossem ouvidas. Das seis testemunhas de acusação previstas inicialmente, apenas o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, acabou dispensado de depor após a própria PGR (Procuradoria-Geral da República) pedir a dispensa dele. As defesas de Bolsonaro, Anderson Torres e Augusto Heleno desistiram das outras testemunhas que foram dispensadas.

Grande parte das testemunhas de defesa não presenciaram episódios citados na denúncia. Advogados dos réus chamaram várias testemunhas para depor sobre a personalidade dos denunciados e para negar que Bolsonaro tenha tratado com eles sobre golpe. Um dos que falou nessa linha foi o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que não é acusado de participar de nenhum episódio em que foi discutido, de fato, alguma proposta golpista.

Depoimentos foram tomados na ação contra o núcleo central da trama golpista. Além do ex-presidente também estão neste núcleo os ex-ministros Braga Neto (Casa Civil), Paulo Sérgio Nogueira (Defesa), Anderson Torres (Justiça) e Augusto Heleno (GSI), o ex-diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) Alexandre Ramagem, o ex-ajudante de ordens da presidência Mauro Cid e o ex-comandante da Marinha Almir Garnier. Segundo a PGR, deles partiram “as principais decisões e ações de impacto social” narradas na denúncia.

noticia por : UOL

3 de junho de 2025 - 20:19

LEIA MAIS