A Mistral lançou na terça-feira (11) o primeiro modelo de raciocínio de IA da Europa, que usa o pensamento lógico para criar uma resposta, enquanto tenta acompanhar o ritmo dos rivais norte-americanos e chineses na vanguarda do desenvolvimento de IA.
A startup francesa tentou se diferenciar defendendo suas raízes europeias, conquistando o apoio do presidente francês Emmanuel Macron, além de tornar alguns de seus modelos de código aberto.
A Mistral é considerada a melhor aposta da Europa de ter um concorrente de IA, mas ficou para trás em termos de participação de mercado e receita.
Os modelos de raciocínio usam técnicas de cadeia de pensamento —um processo que gera respostas com habilidades de raciocínio intermediárias ao resolver problemas complexos.
Eles também podem ser um caminho promissor para o avanço da IA, uma vez que a abordagem tradicional de criar modelos de linguagem cada vez maiores, adicionando mais dados e capacidade de computação, começa a atingir suas limitações.
Para a Mistral, que foi avaliada por investidores em US$ 6,2 bilhões (R$ 34,37 bilhões), uma mudança no setor em relação ao “aumento de escala” poderia dar à empresa uma oportunidade de se equiparar a rivais com maior capitalização.
A chinesa DeepSeek surgiu como concorrente viável em janeiro por meio de seus modelos de IA de baixo custo e de código aberto, inclusive um para raciocínio.
A OpenAI foi a primeira a lançar seus modelos de raciocínio no ano passado, seguida pelo Google alguns meses depois.
A Meta ainda não lançou um modelo de raciocínio autônomo, embora tenha dito que seu mais recente modelo de primeira linha tem recursos de raciocínio.
“O melhor pensamento humano não é linear —ele passa por lógica, insight, incerteza e descoberta. Os modelos de linguagem de raciocínio nos permitiram aumentar e delegar o pensamento complexo e a compreensão profunda à IA”, disse a Mistral.
noticia por : UOL