18 de junho de 2025 - 9:33

Brasileiro na Flotilha prepara nova missão: 'Israel foi inferno na Terra'

Se esse drone jogasse uma bomba, a gente tinha somente três segundos para estar na água e ter maior chance de sobrevivência. Por isso, as pessoas iam para a lateral do barco, passavam para o lado de fora da grade e se preparavam. Thiago Ávila

No dia 8 de junho, Israel enviou lanchas e barcos para cercá-los. ”Drones começaram a vir em cima do barco mesmo. Eram drones com luzes, com áudio, que jogavam elementos químicos. Eles já estavam interceptando a nossa comunicação, o sistema de navegação, a ponto que estávamos nos guiando pelas estrelas”, relembra.

Eles estavam com rifles apontados para a gente, com uma luz muito forte, com um megafone e tentando tomar o controle do barco. Foi uma interceptação muito violenta. Thiago Ávila

Segundo o ativista, ele, Greta Thunberg e os outros dez foram levados no próprio barco até o porto de Ashdod. Em terra firme, Thiago relata que foram coagidos a assinar um documento que alegava entrada ilegal em Israel e deportação como consequência. O grupo se recusou a assinar: ”A gente nunca teve intenção de ir para Israel, mas sim para Palestina. Fomos sequestrados numa missão humanitária”.

Ativistas decidiram aceitar a deportação de quatro deles, conta. De acordo com ele, a ideia era que os deportados pudessem voltar para casa e relatar ao público o que estava acontecendo. Greta foi uma das escolhidas a voltar devido à sua visibilidade midiática, apesar de ter manifestado seu desejo de ficar.

Ratos, insetos e gritos em prisão

Os seis homensdo grupo foram colocados em celas separadas e as duas mulheres, juntas. ”Lá tinha acesso à luz do sol, eles ofereciam comida às pessoas. Eu recusei comer, estava em greve de fome e de sede, mas as outras pessoas comiam e não tinham queixa sobre a comida. Mas a água era a água da pia, numa coloração, num gosto e um cheiro estranho”, contou.

noticia por : UOL

18 de junho de 2025 - 9:33

LEIA MAIS