“Essas pegadas oferecem uma janela extraordinária para a vida dos dinossauros, revelando detalhes sobre seus movimentos, interações e o ambiente tropical que habitavam”, disse Kirsty Edgar, professora de micropaleontologia na Universidade de Birmingham.
Quatro dos conjuntos de pegadas que compõem essa “rodovia” mostram caminhos percorridos por gigantescos herbívoros de pescoço longo, chamados saurópodes. A hipótese é de que seja o Cetiosaurus, dinossauro que podia medir até quase 60 pés (18 metros) de comprimento.
Um quinto conjunto pertencia ao Megalosaurus, predador feroz de 9 metros que deixou uma distintiva marca de três garras e foi o primeiro dinossauro a ser cientificamente nomeado há dois séculos.
Uma área onde as pegadas se cruzam levanta questões sobre possíveis interações entre os carnívoros e os herbívoros.
“Os cientistas sabem sobre o Megalosaurus e o têm estudado há mais tempo do que qualquer outro dinossauro na Terra, e ainda assim essas descobertas recentes provam que ainda há novas evidências desses animais por aí, esperando para serem encontradas”, disse Emma Nicholls, paleontóloga de vertebrados no Museu de História Natural de Oxford.
Há quase 30 anos, 40 conjuntos de pegadas descobertas em uma pedreira de calcário na mesma região fizeram com que ela fosse considerada um dos locais de pegadas de dinossauros mais cientificamente importantes do mundo. Essa área, no entanto, é agora inacessível em sua maior parte e há pouca evidência fotográfica, porque a descoberta antecedeu o uso de câmeras digitais e drones para registrar os achados.
noticia por : UOL