No lugar, Lula estabeleceu uma indenização, paga de uma vez, de R$ 60 mil. A medida, porém, desagradou as mães por ser um valor baixo perto dos gastos necessários para essas crianças.
Não estamos falando de uma coisa que vai fazer um mês e vai parar: é a vida toda de remédio, terapia e tratamento, até que a gente consiga trazer as terapias para casa. Mas isso tem um alto custo porque precisa montar um quartinho com os aparelhos necessários e trazer terapeutas para casa. Não tem como fazer.
Gizele Santana
A mãe conta que recebe hoje o valor da pensão especial de um salário mínimo (R$ 1.518), aprovada em 2020, mas que o valor “não paga sequer os remédios.” Além disso, faz um trabalho home office que lhe rende outro salário mínimo.
A renda não faz frente às necessidades de Gabriel, que toma remédios para convulsão, refluxo, além de relaxante muscular e laxante. Fora isso, há diversas órteses necessárias. Gizele diz que nada disso é coberto pelo SUS.
Para não depender do SUS, ela conta que decidiu fazer um esforço e pagar um plano de saúde para Gabriel, já que não viu bons resultados na terapia oferecida na rede pública.
“Ele tinha 30 minutos de terapia, uma vez na semana, para tentar ter alguma melhora. É como uma criança estudar meia hora uma vez na semana: nunca vai aprender. A mesma coisa é terapia, que precisa ser intensiva”, compara.
noticia por : UOL