31 de janeiro de 2025 - 7:53

Vale do Silício analisa lições aprendidas com o DeepSeek, inteligência articial "made in China"

O discurso da maioria veio em tom de lição aprendida, que em termos gerais é: não subestime a China e a força do país que tem investido em atrair talentos globais e criar um ecossistema de inovação que combina empresas privadas, universidades e apoio governamental. O outro grande debate que surgiu, novamente, é sobre os softwares de códigos abertos.

Eric Schmidt, ex-CEO do Google, chamou o surgimento da empresa de um “ponto de virada”, alertando que a China está alcançando os EUA com menos recursos, já que desenvolveu o app com menos de 1% do que a OpenAI gastou. “No caso da inteligência artificial, estamos bem à frente, provavelmente dois ou três anos, da China, o que no meu mundo é uma eternidade”, disse Schmidt em maio do ano passado em entrevista à Bloomberg.

Agora, ele pede mais investimentos em IA de código aberto e infraestrutura e escreveu ainda em um artigo ao jornal The Washington Post que “o equilíbrio de poder agora parece estar mudando em torno de dois eixos principais: um, entre os Estados Unidos e a China, e outro, entre modelos fechados e de código aberto, já que no DeepSeek toda a coleção de modelos é de código aberto ? permitindo que outras empresas o acessem e desenvolvam em cima de sua tecnologia.

Já o ex-CEO da Intel, Pat Gelsinger, até agradeceu à empresa chinesa pelas lições aprendidas e disse no X: “Sabedoria é aprender as lições que pensávamos que já sabíamos”, e destacou ainda que os chineses tiveram que usar a criatividade diante de poucos recursos e que quem ganha é novamente a luta pelos softwares abertos.

Meta

Mark Zuckerberg há muito tempo defende a abordagem de código aberto na sua empresa Meta para software de inteligência artificial, dizendo que ter um modelo americano como base para novos produtos era essencial para garantir o domínio dos EUA sobre a China em IA.

noticia por : UOL

LEIA MAIS