Nos dois primeiros anos de governo, Haddad desenvolveu uma estratégia baseada na arrecadação para enfrentar o problema do déficit fiscal. A arrecadação do governo efetivamente aumentou. Ao mesmo tempo em que conseguiu arrancar do Congresso a autorização para taxar fundos exclusivos de famílias de milionários, ele também teve o nome associado à taxação das blusinhas dos sites chineses, frequentados por brasileiros humildes.
Grudou no Haddad essa pecha de ‘taxador’ e isso se reflete na rejeição, que evidentemente pode mudar em dois anos, mas é um problema para Lula. Nas últimas semanas, inclusive na primeira reunião ministerial do ano, o presidente deixou entreaberta a porta da saída pela lateral de não disputar a eleição.
Onze de cada dez petistas avaliam que a primeira opção do Lula, caso não dispute, seria o Haddad. Essa taxa de rejeição mostra que o presidente teria dificuldades para emplacá-lo como uma alternativa presidencial. Haddad não é nem mencionado na pesquisa espontânea. Josias de Souza, colunista do UOL
Para Josias, a polêmica em torno das mudanças nas regras do Pix teve papel fundamental para a elevada rejeição de Haddad. O colunista projeta dificuldades para o ministro melhorar sua imagem e descolar a imagem de ‘taxador’.
É muito impressionante essa taxa de rejeição do Haddad. Ela mostra que a pecha de ‘taxador’ grudou no ministro e que Lula terá dificuldades para emplacá-lo, a menos que esse índice se reduza nos próximos dois anos.
Diante dessa evidência exposta na pesquisa, Haddad precisa trabalhar a própria imagem. Há muita fake news e mentira vinculadas ao nome do ministro. Há aqui aquela pretensão da Receita Federal de monitorar os gastos dos brasileiros incluindo o Pix. Houve aquela campanha em rede social que evidentemente prejudicou a imagem do ministro e o governo teve que recuar. A surra do Pix também pesa para Haddad. Josias de Souza, colunista do UOL
noticia por : UOL