13 de fevereiro de 2025 - 17:21

Celebramos o Ano-Novo do Patrimônio Cultural e construímos pontes entre China e Brasil

Com a inclusão do “Festival da Primavera – Prática Social da Celebração do Ano-Novo Chinês” na Lista Representativa do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade da Unesco, o calendário mundial ganhou mais uma data especial: o Ano-Novo chinês.

Neste primeiro “Ano-Novo como Patrimônio Cultural”, celebrações vibrantes e diversificadas ocorreram em todo o mundo, incluindo o Brasil. Seguindo a tradição do Festival da Primavera, gostaria de transmitir, em nome do Consulado-Geral da China em São Paulo, os melhores votos de felicidade e prosperidade a todos os amigos brasileiros!

O Festival da Primavera é a festa tradicional mais importante da China, carregando valores de união familiar, harmonia e esperança. Seus costumes milenares permanecem vivos e renovados.

Desde o jantar de reunião familiar na véspera do Ano-Novo, os fogos de artifício que se despedem do velho e dão boas-vindas ao novo, os envelopes vermelhos de boa sorte, as danças do dragão e do leão que simbolizam prosperidade, até a degustação de yuanxiao (bolinhos de arroz) e a apreciação de lanternas –cada detalhe reflete o respeito pela natureza, o valor da família e a expectativa pelo futuro. A inclusão do Festival da Primavera como patrimônio mundial reforça seu significado como herança comum da humanidade.

Há muito tempo, o Festival da Primavera serve como ponte entre as culturas chinesa e brasileira. A comunidade chinesa no Brasil, junto com amigos brasileiros que amam a nossa cultura, integraram tradições como a dança do dragão, a Ópera de Pequim e o tai chi ao calor do povo brasileiro, transformando o Ano-Novo chinês em uma celebração também na “China Tropical”.

Neste ano, São Paulo, maior metrópole da América do Sul, mergulhou no clima festivo do Ano-Novo chinês. A vereadora Edir Sales promoveu a inclusão do festival no calendário oficial da cidade, e a Câmara Municipal realiza anualmente uma cerimônia de hasteamento de bandeiras para celebrar a data, com a Banda da Guarda Civil tocando os hinos nacionais de ambos os países –um gesto de respeito mútuo entre civilizações.

O flash mob na avenida Paulista, com danças do dragão, tai chi e desfiles de qipao (vestido tradicional), trouxe animação às ruas; o prédio do Edifício Anchieta exibiu um espetáculo de luzes inspirado no Ano da Serpente, combinando tecnologia e estética oriental; no teatro Gazeta, o grupo artístico Cores da China construiu uma ponte de intercâmbio cultural entre China e Brasil com apresentações de canto mongólico, dança do pavão e ópera de Pequim.

A festa do Ano-Novo chinês na praça da Liberdade e o espetáculo do Festival da Primavera na Casa de Portugal permitiram que os chineses desfrutassem juntos do calor do lar com os amigos brasileiros. Essas celebrações não apenas transmitiram a alegria do Festival da Primavera, mas também permitiram que o povo brasileiro sentisse a sabedoria da “harmonia na diversidade” na cultura chinesa.

Em breve, o Brasil celebrará seu famoso Carnaval. À primeira vista, o Carnaval e o Ano-Novo chinês parecem diferentes, mas ambos compartilham a mesma essência de vitalidade e paixão pela vida.

Enquanto o Carnaval liberta a energia nas batidas do samba, o Festival da Primavera une famílias em torno da mesa; um é uma festa nas ruas, o outro uma celebração caseira. Ambos expressam, de formas autênticas, o amor pela vida e a busca pela felicidade.

Este ano é o Ano da Serpente no calendário lunar. Na cultura chinesa, serpentes simbolizam sabedoria e vitalidade, assim como a resiliência e criatividade na cooperação China -Brasil.

O sucesso total das celebrações do Festival da Primavera não é apenas um microcosmo da amizade entre China e Brasil, mas também um chamado claro para que os dois países avancem de mãos dadas.

A conexão das civilizações é pedra angular para uma comunidade com um futuro compartilhado entre a China e o Brasil. No Ano-Novo, esperamos promover as relações China-Brasil a novo patamar, com intercâmbios interpessoais como remo e cooperação pragmática como vela.

Espero que os povos dos dois países continuem a usar a cultura como um meio para permitir que mais histórias do patrimônio cultural intangível cruzem montanhas e mares, permitam que mais espírito carnavalesco e sabedoria do Festival da Primavera se entrelacem e ressoem, e escrevam juntos um novo capítulo de coexistência harmoniosa da civilização humana.

noticia por : UOL

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