23 de fevereiro de 2025 - 8:10

Dólar abre em leve alta com foco em reunião entre EUA e Rússia e leilão do BC

O dólar à vista tinha leve alta ante o real nas primeiras negociações desta terça-feira (18), à medida que investidores observam o início das conversas entre Estados Unidos e Rússia na Arábia Saudita pelo fim da guerra na Ucrânia e aguardam a realização de um novo leilão pelo Banco Central.

Às 9h05, o dólar à vista subia 0,12%, a R$ 5,719 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha alta de 0,1%, a R$ 5,729.

A leve alta desta terça segue a tendência do dia anterior. Na segunda-feira (17), o dólar encerrou com alta de 0,26%, a R$ 5,711, após e fechar a semana passada no menor valor em três meses.

Além das reuniões internacionais sobre a guerra na Ucrânica, o cenário doméstico também está no radar dos investidores. O Banco Central informou que vai realizar um leilão de linha (venda de dólares com compromisso de recompra) nesta terça-feira (18), das 10h30 às 10h35, com oferta total de US$ 3 bilhões.

A autarquia também fará nesta sessão um leilão de até 15 mil contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1º de abril de 2025.

No dia anterior, com o feriado os mercados americanos fechados em razão do feriado do Dia dos Presidentes, o foco do mercado brasileiro também foi a agenda doméstica, tendo como destaque o cenário de desaceleração econômica evidenciado pelo IBC-Br (Índice de Atividade Econômica), além do último boletim Focus, que prevê uma inflação ligeiramente mais alta para 2025 e 2026.

Analistas consultados pelo Banco Central passaram a ver uma inflação ligeiramente mais alta ao fim deste ano, de 5,60% , frente 5,58% do boletim da semana passada. É a 18ª semana seguida de aumento da previsão. Para 2026, a projeção para a inflação brasileira é de 4,35%, de 4,30% anteriormente.

O centro da meta perseguida pelo BC é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. A expectativa para a taxa básica de juros (Selic) se manteve em 15% para 2025, enquanto para 2026, a projeção é de que a taxa atinja 12,50%.

Já o preço do dólar deve encerrar 2025 e 2025 em R$ 6. O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro deve crescer 2,01% neste ano, abaixo da projeção da semana anterior de 2,03%

A Bolsa terminou o pregão de segunda-feira (17) com alta de 0,26%, aos 128.552 pontos, após ficar acima dos 129 mil pontos na maior parte do dia, renovando as máximas do ano. As ações da Magazine Luiza estavam entre os principais suportes. A queda da popularidade de Lula, apontada pelo Datafolha, seguiu repercutindo entre os investidores e trouxe sinais positivos para a Bolsa.

Na ponta internacional, os agentes financeiros continuam atentos a novas ameaças tarifárias de Donald Trump. A percepção é de que as ameaças tarifárias de Trump são mais uma tática de negociação do que planos concretos, e abrem espaço para acordos entre os países que estão na mira do presidente americano.

O mercado já monitorou na segunda, e segue nesta terça, de olho em uma possível trégua na guerra entre Rússia e Ucrânia depois de Trump ter ligado, na semana passada, para o presidente russo Vladimir Putin e o presidente ucraniano Volodimir Zelenski para iniciar negociações de paz.

Reino Unido e Suécia já disseram que vão mandar forças de paz à Ucrânia caso o cessar-fogo ocorra. A guerra que completará três anos daqui uma semana.

As conversas entre o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e o chanceler russo, Sergei Lavrovchegou, estão programadas para começar nesta terça, em Riad.

O conflito na Ucrânia tem influenciado as decisões de investidores nos últimos três anos, principalmente devido a seu impacto em preços de commodities, como grãos e petróleo.

Com Reuters

noticia por : UOL

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