24 de fevereiro de 2025 - 15:29

Musk ameaça colocar de licença funcionários do governo que não retornarem ao trabalho presencial


Chefe do departamento focado em corte de gastos do governo Trump disse que medida, com objetivo de reverter políticas de home office remanescentes da pandemia de Covid-19, está valendo já nesta semana. “Lil X”, Musk e Donald Trump estiveram juntos na Casa Branca essa semana
Reuters
O bilionário Elon Musk, chefe do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês), ameaçou nesta segunda-feira (24) colocar de licença administrativa trabalhadores do governo que não retornarem ao trabalho presencial nesta semana.
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“Aqueles que ignoraram a ordem executiva do presidente Trump para retornar ao trabalho já receberam mais de um mês de aviso. A partir desta semana, aqueles que ainda não retornarem ao escritório serão colocados em licença administrativa”, disse Musk em uma publicação no X.
Musk foi escolhido pelo presidente dos EUA, Donald Trump, para cortar custos da máquina pública do governo americano e atua também como um conselheiro de Trump.
A ameaça desta segunda-feira, a segunda direcionada aos funcionários do governo nos últimos dias, tem a ver com esforços do governo Trump de acabar com home office desses trabalhadores, prática remanescente do período de lockdown por causa da pandemia de Covid-19.
Trabalhadores federais enfrentam incertezas no governo Trump, e já começaram esta semana com outra ordem de Musk: prestar contas sobre o trabalho realizado recentemente, sob pena de perderem o emprego. Diversas agências federais, como o Pentágono e o FBI, pediram para que seus funcionários não atendam ao pedido do bilionário. (Leia mais abaixo)
Agências federais pedem para funcionários não cederem a Musk
O Pentágono e outras agências federais americanas, incluindo aquelas agora dirigidas por leais colaboradores do presidente Donald Trump, rejeitaram o pedido de Elon Musk para que seus funcionários expliquem as tarefas realizadas em seu trabalho sob pena de perderem o emprego.
Essa resistência indica um possível atrito entre figuras-chave da administração Trump e o bilionário e assessor externo, que lidera uma campanha para reduzir a força de trabalho de milhões de pessoas no governo, o que causou confusão em diversas agências.
A confusão gerada por e-mail de Elon Musk a todos os funcionários públicos dos EUA
No sábado (22), funcionários federais receberam um e-mail do Escritório de Gestão de Pessoal dos Estados Unidos (OPM), ao qual a Agência AFP teve acesso, dando como prazo até as 23h59 de segunda-feira para responder com as tarefas de seu trabalho realizadas na semana anterior.
Funcionários públicos federais disseram à agência que foram aconselhados a não responder imediatamente.
Neste domingo, o Departamento de Defesa publicou uma nota pedindo ao seu pessoal para “pausar qualquer resposta” ao e-mail do OPM com o assunto “O que você fez na semana passada?”.
“O Departamento de Defesa é responsável por revisar o desempenho de seu pessoal e realizará qualquer revisão de acordo com seus próprios procedimentos”, afirmou essa entidade em uma publicação no X.
Segundo a imprensa local, funcionários designados pelo governo Trump no FBI (polícia federal), no Departamento de Estado e no escritório nacional de inteligência também instruíram seus integrantes a não responder por enquanto
Kash Patel, novo diretor do FBI, enviou uma mensagem a seus funcionários no sábado dizendo: “o FBI, por meio do escritório do diretor, está encarregado de todos os processos de revisão”, escreveu o The New York Times.
Os sindicatos também responderam rapidamente. A Federação Americana de Funcionários Governamentais (AFGE), o maior sindicato do serviço público americano, prometeu contestar qualquer demissão ilegal.
Musk, o homem mais rico do mundo e o maior doador de Trump, foi incumbido de cortes de gastos e de combater desperdícios no governo federal à frente do chamado Departamento de Eficiência Governamental (DOGE).
Doge é uma entidade independente dirigida por Musk que foi rejeitada em várias frentes e recebeu sentenças judiciais divergentes.
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Fonte: G1

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