O deputado federal Eduardo Bandeira de Mello (PSB-RJ), ex-presidente do Flamengo, protocolou nesta terça-feira (29) um projeto para tornar a seleção brasileira patrimônio cultural imaterial do país, o que impediria mudanças que possam descaracterizá-la, como a alteração das cores do uniforme.

Na segunda-feira (28), o site especializado em camisas de clubes e seleções Footy Headlines publicou que a seleção teria um uniforme reserva na cor vermelha a partir de março de 2026. A possibilidade gerou reações e virou piada na internet, com memes criticando e apoiando a mudança.

O projeto do ex-presidente do Flamengo argumenta que a dimensão simbólica preenche os requisitos de patrimônio cultural imaterial, conforme definidos pela Unesco e pela legislação brasileira.

“Para o brasileiro, o futebol é muito mais do que um esporte, entretenimento ou um negócio. É o principal ponto de contato de boa parte da população brasileira com a realidade. E, como tal, pode ser um excelente indutor de políticas públicas”, afirma o deputado. “A seleção brasileira sempre foi a sua maior expressão. Trata-se de reconhecer sua importância e sua capacidade de produzir bons exemplos para os brasileiros.”

O parlamentar ressalta que o reconhecimento da seleção como patrimônio cultural limitaria mudanças que possam descaracterizá-la, entre elas alterações nas cores do uniforme. “Assim como não se pode mudar o hino nacional, não se pode fazer o que bem entende com um patrimônio cultural”, afirma.

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