24 de janeiro de 2025 - 1:34

Trump manda retirar sigilo de documentos sobre os assassinatos de John F. Kennedy e Martin Luther King: 'Tudo será revelado', diz


Presidente assinou ordem executiva determinando que os arquivos se tornem públicos. Medida também abrange investigações sobre a morte do senador Robert F. Kennedy. Martin Luther King e John Kennedy, em imagem de arquivo
Reprodução
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva para retirar o sigilo de documentos sobre os assassinatos do presidente John F. Kennedy, do senador Robert F. Kennedy e do ativista Martin Luther King Jr., nesta quinta-feira (23).
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Um dia antes de tomar posse como presidente, Trump prometeu retirar o sigilo sobre os documentos que envolvem as investigações dos assassinatos. Nesta quinta-feira, a Casa Branca anunciou que todos os arquivos em posse do governo serão revelados.
“Muitas pessoas esperavam isso por anos, por décadas. Tudo será revelado”, disse o presidente ao assinar a ordem. Ele pediu para que a caneta usada seja entregue a Robert F. Kennedy Jr., filho de Robert F. Kennedy e sobrinho e John F. Kennedy.
No primeiro mandato, entre 2017 e 2021, Trump já havia prometido a retirada do sigilo dos documentos. Alguns arquivos sobre a morte de JFK chegaram a ser liberados.
Naquela época, no entanto, Trump acabou cedendo a pressões da CIA e do FBI para manter o sigilo dos demais arquivos, já que envolvem questões de segurança nacional.
Na ordem executiva assinada nesta quinta-feira, a Casa Branca explica que os arquivos que não foram liberados durante o primeiro mandato de Trump passaram por reavaliações constantes. O objetivo seria identificar possíveis danos à defesa ou à inteligência do país em caso de publicação.
O governo justificou que as avaliações e a retenção contínua desses documentos são incompatíveis com o interesse público. Por esse motivo, todos os arquivos do governo devem ter o sigilo removido.
As autoridades terão o prazo de 15 dias para apresentar um plano da divulgação completa dos registros relacionados ao assassinato John F. Kennedy e de 45 dias para Robert F. Kennedy e Martin Luther King Jr.
Teorias da conspiração
O presidente John F. Kennedy foi assassinado no dia 22 de novembro de 1963, enquanto ainda estava no cargo. À época, ele foi baleado enquanto sua comitiva passava de carro pelo centro de Dallas, no Texas.
O assassinato de “JFK”, em particular, é uma fonte de fascínio e teorias da conspiração nos Estados Unidos. O crime foi atribuído a um único atirador: Lee Harvey Oswald.
O Departamento de Justiça e outros órgãos do governo federal reafirmaram essa conclusão nas décadas seguintes. No entanto, pesquisas mostram que muitos americanos acreditam que a morte de JFK foi resultado de uma conspiração mais ampla.
Cinco anos depois, o irmão do presidente e senador Robert F. Kennedy também foi assassinado. Um dos filhos dele, Robert F. Kennedy Jr., foi nomeado para o cargo de secretário de Saúde no governo Trump.
Kennedy Jr. afirmou acreditar que o pai foi morto por vários atiradores, o que contradiz relatos oficiais. Ele também declarou que a CIA estaria envolvida no assassinato de JFK, acusação que a agência de inteligência nega.
Já Martin Luther King Jr. foi morto em um atentado no dia 4 de abril de 1968, em Memphis, no Tennessee. Ele se tornou um símbolo da luta pelos direitos da população negra nos Estados Unidos e do combate ao racismo.
James Earl Ray foi condenado a 99 anos de prisão pela morte do ativista. Inicialmente, ele tinha assumido a autoria do crime. No entanto, após ser preso, alegou que era inocente. Ele morreu em 1998.
Ray era um racista branco. Até hoje, não está claro se ele agiu por conta própria ou se estava envolvido em uma conspiração contra o ativista.
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Fonte: G1

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